Meu relacionamento terminou. Aonde eu errei?
Quem aí já ficou com aquela sensação ruim quando o relacionamento acabou, achando que poderia ter feito mais para dar certo? Eu já! E não foi apenas uma vez.
Falo com frequência nos meus processos de coaching, e parece meio clichê, mas irei dizer mesmo assim. ” O amor é como uma planta que precisa ser regada sempre” (piegas né? kkkkk também achei), mas faz total sentido!
No relacionamento é exatamente isso que acontece: quando deixamos de “regá-lo” com amor, paciência, cumplicidade, novos desafios, sexo de qualidade, tempo de qualidade e outras “coisitas” ele acaba “morrendo” e a única alternativa que se vê em alguns casos é o rompimento.
E aí sofremos, sofremos e sofremos.
Não existe uma receita de bolo para a felicidade, porém podemos contar com estudos de casos, experiências e relatos de profissionais da área que mapeiam um caminho a ser seguido para quem quer ter sucesso e ser feliz no seu relacionamento amoroso.
Eu quero passar para vocês as 3 atitudes que eu entendo, no meu ponto de vista, serem nocivas e que podem com certeza “desgraçar” qualquer relacionamento.
1 | CIÚME EXAGERADO
O ciúme é um sentimento instintivo e muitas vezes bem desafiador de controlá-lo. Ele caminha ao lado do medo, da insegurança e da falta de autoestima da pessoa que o sente. Alguns acreditam que o ciúme é uma prova irrefutável de amor e se sentem cuidados pelo parceiro/a, porém existem casos um pouco mais complexos e sérios com relação a esse assunto.
Digamos que sentir um “ciuminho” da pessoa que amamos seria comum, visto que podemos nos sentir ameaçados de alguma maneira por alguém e aí o medo de perder quem amamos se manifesta.
O ciúme recorrente e exagerado “minam” qualquer relacionamento saudável, pois ele traz consigo sentimentos tóxicos. Toda ação tem uma reação certo? Primeiro que o ciumento vive em estado de alerta, procurando algo e algumas vezes fantasiando de fato situações que o levam a sentir ciúme, com isso sente-se com medo, inseguro, triste e desesperado. O parceiro/a também vive no mesmo estado de alerta, com os mesmos sentimentos tóxicos, morrendo de medo de provocar o ciúme de alguma maneira.
Aí eu pergunto, dá para ser feliz assim? Num relacionamento cheio de limitações, de sentimentos nocivos e brigas? Pense.
” Mas Eliane, quando identifico se meu ciúme é patológico?”
Meu amigo, se você já perdeu inúmeros relacionamentos por causa do ciúme, se este sentimento é mais forte que você e quando percebe a briga se inicia de maneira violenta sem motivo aparente, se você é obsessivo com relação ao seu parceiro/a é hora de procurar ajuda.
Isso mesmo! Procurar ajuda é uma decisão muito sábia, se não continuará neste círculo vicioso. Entenda, não precisa ser assim. Você merece ser feliz no seu relacionamento, merece ser livre, amado/a, se sentir seguro/a e viver um relacionamento harmonioso.
Agora se você está do outro lado, só atraindo parceiros/as ciumentos/as seria interessante observar sua matriz ativa (comunicação, pensamento e sentimento). Já falei sobre esse assunto em outra matéria (para LER CLIQUE AQUI). Esta matriz define suas crenças limitantes que estão intrinsecamente ligadas a esses resultados negativos na sua vida (tipo: viver atraindo pessoas ciumentas).
O que acontece é que a grande maioria acredita não sofrer de ciúme patológico, acabam encarando isso como natural, sofrem com essa situação, faz os outros sofrerem também e perdem a chance de viver de fato um relacionamento extraordinário com a pessoa que ama.
2| FALTA DE TEMPO DE QUALIDADE
Lembra aquela plantinha do amor? Se você não tirar um tempo para regâ-la, o que acontece? Ela morrerá tadinha!
E o mesmo acontece com o seu relacionamento, meu amigo. Quem aqui gosta de atenção, carinho e tempo de qualidade com a pessoa que ama? Eu “adoroooooooooooooo”, rs. Aliás, no livro “As 5 Linguagens do Amor” de Gary Chapman, tempo de qualidade é uma das cinco linguagens.
Eu sugiro que você descubra, pois isso pode fazer verdadeiro milagre no seu relacionamento. Fica a dica!
” E se eu lendo este livro entender que a linguagem dele/a é outra?” Simples! Aplique a que ele/a gosta e está tudo certo, você terá outras quatro opções. Pode ficar tranquilo, falarei sobre a linguagem do amor nesta matéria.
Alguns casais, iniciam o relacionamento dando o melhor de si em vários quesitos: na atenção, na doação, no sexo, no companheirismo, no tempo de qualidade, enfim, fazem de tudo para mostrar sua “melhor versão”. Acontece que com o passar do tempo, depois da conquista e do relacionamento estar “estável”, nós vamos relaxando um pouco aqui, depois mais um pouquinho lá e quando nos damos conta a rotina MALDITA tomou conta do relacionamento.
Aquele tempo que antes era super importante para você passar com o seu amor, já não é mais tão importante assim, nossas prioridades mudam. Já aconteceu comigo, por exemplo, ter plena consciência de que não estava dando a devida atenção para o meu marido, mas simplesmente não conseguir deixar de fazer outra coisa, tipo estudar mais.
É muito louco isso, concorda? Pois eu não estava na “ignorância”, eu sabia o que estava acontecendo, porém meu foco era outro, não era só o meu marido. Como resolver isso, Eliane?
Se você está trabalhando, 100% de foco no trabalho. Se você está se exercitando, 100% do seu foco nos execícios. Se você está com a sua família, 100% do seu foco para a sua família. E se você está COM O SEU AMOR? 100% DO SEU FOCO NELE/A! Fez sentido? E você acha que TEM COLOCADO FOCO NO SEU RELACIONAMENTO?
3º| Querer mudar o parceiro/a
Sabe uma atitude que pode acabar com o seu relacionamento rapidinho? Essa! A de tentar mudar o seu/sua parceiro/a.
Você faz isso acreditando que será mais feliz com uma pessoa diferente do que tem no momento. HEIN?!!!! Não seria mais fácil e menos desgastante para ambos, você procurar “esta pessoa” que você julga que se encaixa melhor contigo?
Nos meus processos de coaching ouço muito isso:
– Mas Eliane, se ela/e fosse diferente, seríamos mais felizes.
Ninguém muda ninguém. Saiba que temos a nossa essência, nosso perfil comportamental (já falei sobre esse assunto também em outra matéria – LEIA CLICANDO AQUI) e ficamos tentando mudar isso ou aquilo nas pessoas, para que elas/eles se encaixem no nosso perfil ou modelo. Isso definitivamente detona qualquer relacionamento.
Vamos a um exemplo, o meu. Eu sou totalmente do tipo influente no meu perfil. E o que isso significa? Significa que amo pessoas e eu preciso me conectar com elas. Sou falante, me empolgo com facilidade, sou capaz de marcar em uma única noite 5 compromissos diferentes, sou agitada, adoro uma aventura, sair da rotina e não gosto muito de planejar as coisas.
Já o meu marido tem o tipo de perfil estável. Assim, ele é calmo, tranquilo e planejador. Para comprar algo pesquisa muito antes e não fará um passeio que não esteja muito bem planejado. Também é reservado, discreto, não tem tanta necessidade de se conectar com pessoas como eu e pensa mais do que realiza. Imagina nosso relacionamento antes do coaching, um desastre! Confesso.
Eu, mais do que ele confesso que ficava dizendo: “você precisa mudar isso, mudar aquilo, assim não dá, desse jeito não daremos certo, você é muito devagar, etc, etc, etc”. Posso contar uma história rápida?
Em nossa primeira viagem juntos, enquanto ainda estávamos namorando, ele me pegou em casa e quando chegou num determinado quilometro ele parou o carro e tirou um mapa (mapa sim, naquela época o GPS era novidade e não tínhamos ainda). Era um mapa enorme, aliás.
Eu olhei aquilo, fiz uma cara de espanto e disse:
– O que é isso”
– Ué, isso é para chegarmos certinho – Ele respondeu.
Homens desse site, sabe o que eu fiz? Peguei este mapa e joguei pela janela! E completei dizendo: “Pare de ser chato, vamos sem rumo mesmo, é mais emocionante.”
Aquilo era emocionante para quem? Para mim, é claro! Está certo que estávamos indo para Brotas SP, apenas 100 km da nossa cidade e não tinha como nos perdermos. Mas isso é um detalhe.
Agora, imagine como ele ficou, ele precisava se sentir seguro (por isso o mapa). E eu, no meu perfil influente, achava aquilo ridículo. Pensei até em terminar, porque eu considerava isso muito chato.
Tinha nesta história uma pessoa certa ou errado? NÃO! Existia apenas um casal com perfis, atitudes, gostos e temperamentos diferentes. E quando essa ficha caiu para nós, passamos a respeitar o jeito um do outro. Fazemos concessões, flexibilizamos nas nossas ações para que os atritos não aconteçam com frequência.
Atualmente, temos um relacionamento muito gostoso, com respeito, tolerância, paciência, harmonia e muita alegria. Se ele quisesse mudar o meu jeito ou eu o dele, provavelmente não estaríamos mais juntos, ou continuaríamos juntos porque nos amamos, porém infelizes, buscando ser uma pessoa que na verdade não somos.
Então meu amigo, e minha amiga, ame verdadeiramente a pessoa que está ao seu lado, com os seus defeitos e qualidades. Você tem a opção de enaltecer tudo o que seu parceiro/a tem de melhor ou ficar resmungando, evidenciando tudo o que ele/a tem de pior. A escolha é apenas sua!
Abraços e até a próxima.